Significados de la mediumnidad en el candomblé Ketu y Efon

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.4067/S0718-47272020000200104

Palabras clave:

mediunidade, candomblé, cultura afro-brasileira, desenvolvimento humano, modelo bioecológico

Resumen

Desde perspectivas socioantropológicas, la mediumnidad pasó a ser considerada un fenómeno cultural y religioso legítimo. El objetivo de este estudio bioecológico fue comprender cómo conciben la mediumnidad los médiums de Candomblé que actuaron durante siete años. Participaron diecisiete médiums de las naciones Ketu y Efon de la ciudad de Uberaba-MG (Brasil), que respondieron un guión de entrevista que contenía preguntas sobre la experiencia mediúmnica, la iniciación en el candomblé y la historia de vida del participante. La mediumnidad se verbalizó de dos maneras distintas: como un regalo que el médium no puede rechazar; y como facultad que puede ser controlada/rechazada por el médium. Entre los aspectos relacionados con las sensaciones corporales de posesión, destacaron movimientos opuestos que van desde la parálisis hasta la agitación del cuerpo, explicados en términos de la energía de cada orixá. Se puede argumentar que estos médiums se dedican a compartir experiencias que evocan fundamentalmente los aspectos positivos relacionados con la mediumnidad, incluyendo, incluso, una gramática científica que pretende explicar el fenómeno. En un escenario de intolerancia y racismo, éste parece ser un movimiento que valora la mediumnidad y la sitúa en un lugar destacado dentro de las expresiones de las religiones de origen africano.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Fabio Scorsolini-Comin, Universidade de São Paulo

Psicólogo, Mestre e Doutor em Psicologia pela Universidade de São Paulo - USP. Docente do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - EERP/USP.

Helena Vilela de Godoy, Universidade de São Paulo

Bacharelanda em Enfermagem pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - EERP / USP

Ronan da Silva Parreira Gaia, Universidade de São Paulo

Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Psiquiátrica da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - EERP/USP. Pedagogo pela Faculdade Filadélfia.

Citas

Araújo, P. C. (2012). Awo Òrìsà: o segredo ritual como fonte de poder dos ègbónmi. Revista Nures, VIII(22), 1-23.

Araújo, P. C. (2018). Segredos do poder: hierarquia e autoridade no Candomblé. São Paulo: Arché.

Augras, M. (1983). O duplo e a metamorfose: a identidade mítica em comunidades nagô. Petrópolis, RJ: Vozes.

Augras, M. (2012). A segunda-feira é das almas. Rio de Janeiro: Pallas.

Bastide, R. (2009). O candomblé da Bahia. Rio de Janeiro: Companhia das Letras.

Braun, V. e Clarke, V. (2006). Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, 3(2), 77-101.

Bronfenbrenner, U. (2011). Bioecologia do desenvolvimento humano: tornando os seres humanos mais humanos. Porto Alegre: Artmed.

Camargo, A. F. G., Scorsolini-Comin, F. e Santos, M. A. (2018). A feitura do santo: percursos desenvolvimentais de médiuns em iniciação no candomblé. Psicologia & Sociedade, 30, e189741.

Carvalho, E. F. e Fernández, F. R. (2017). La libertad religiosa en Brasil y su regulación en la Constitución. Cultura y Religión, 11(1), 110-128.

De Deus, L. O. (2019). Por uma perspectiva afrorreligiosa: estratégias de enfrentamento ao racismo religioso. Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll.

Gaia, R. S. P., Vitória, A. S. e Roque, A. (2020). Candomblé no Brasil: resistência negra na diáspora africana. Jundiaí: Paco Editorial.

Godoy, D. B. O. A., e Bairrão, J. F. M. H. (2014). A psicanálise aplicada à pesquisa social: a estrutura moebiana da alteridade na possessão. Psicologia Clínica, 26(1), 47-68.

Goldman, M. (1985). A construção ritual da pessoa: possessão no candomblé. Religião e Sociedade, 12(1), 22-54.

Goldman, M. (2012). O dom e a iniciação revisitados: o dado e o feito em religiões de matriz africana no brasil. Mana, 18(2), 269-288.

Gorski, C. (2012). Ritual de iniciação no Candomblé de Ketu: uma experiência antropológica. Revista Todavia, 3(4), 52-64.

Hall, S. (2006). A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A.

Hernández, G. (2010). Conversiones religiosas e historia oral: pentecostales y mormones en contextos migratorios, en Bahía Blanca y área de influencia. Cultura y Religión, 5(1), 135-155.

Jabert, A. (2011). Estratégias populares de identificação e tratamento da loucura na primeira metade do século XX: uma análise dos prontuários médicos do Sanatório Espírita de Uberaba. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 18(1), 105-120.

Kardec, A. (2003). Livro dos médiuns. 71ª ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira.

Ludueña, G. (2013). Estudios sociales contemporáneos sobre el espiritismo argentino: ciencia, religión e institucionalización del espíritu. Cultura y Religión, 6(1), 42-59.

Mauss, M. (1974). Ensaio sobre a dádiva. Forma e razão da troca nas sociedades arcaicas. Sociologia e Antropologia. Vol. II. São Paulo: EDUSP.

Montero, P. (2013). Religião, laicidade e secularismo: um debate contemporâneo à luz do caso brasileiro. Cultura y Religión, 7(2), 13-31.

Moreira-Almeida, A. (2013). Pesquisa em mediunidade e relação mente-cérebro: revisão das evidências. Revista de Psiquiatria Clínica, 40(6), 233-240.

Nascimento, A. (2016). O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. 3ª ed. São Paulo: Perspectiva.

Nina Rodrigues, R. (1935). O animismo fetichista dos negros baianos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Oliveira, J. R. (2016). Territorialidades de la fe en el catolicismo brasileño: espacialidad y temporalidad en las nuevas comunicaciones. Cultura y Religión, 10(2), 65-79.

Paraná, D., Rocha, A. C., Freire, E. S., Lotufo Neto, F. e Moreira-Almeida, A. (2019). An empirical investigation of alleged mediumistic writing: a case study of Chico Xavier’s letters. Journal of Nervous Mental Disease, 207(6), 497-504.

Prandi, R. (1990). Modernidade com feitiçaria: candomblé e Umbanda no Brasil do século XX. Tempo Social, 2(1), 49-74.

Rabelo, M. C. M. (2005). Rodando com o santo e queimando no espírito: possessão e a dinâmica de lugar no candomblé e pentecostalismo. Ciências Sociais e Religião, 7(7), 11-37.

Rabelo, M. C. M. (2014). Enredos, feituras e modos de cuidado: dimensões da vida e da convivência no candomblé. Salvador: EDUFBA.

Oliveira, A. B. (1995). Elégùn: iniciação no Candomblé feitura de Ìyàwó Ogán e Ekéjì. Rio de Janeiro: Pallas.

Salles, N. R. (2010). Búzios: a fala dos Orixás. 2ª ed. Rio de Janeiro: Pallas.

Scorsolini-Comin, F. (2019). Mediumship and mental health: tensions from ethnopsychiatry/ethnopsychology. International Journal of Development Research, 9(9), 29957-29962.

Scorsolini-Comin, F. e Campos, M. T. A. (2017). Narrativas desenvolvimentais de médiuns da umbanda à luz do modelo bioecológico. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 17(1), 364-385.

Scorsolini-Comin, F., Ribeiro, A. C. S. e Gaia, R. S. P. (2020). Tradição e socialização nos terreiros de candomblé de Uberaba-MG: análise bioecológica dos percursos religiosos. Psicologia & Sociedade, 32, e223042.

Shamdasani, S. (1994). Encountering Hélène: Théodore Flournoy and the genesis of subliminal psychology. In T. Flournoy, From India to the Planet Mars: a case of multiple personality with imaginary languages (pp. xi-li). Princeton, NJ: Princeton University Press.

Silva, V. G. (Org.) (2015). Intolerância religiosa: impactos do neopentecostalismo no campo religioso afro-brasileiro. São Paulo: EDUSP.

Verger, P. F. ([1981] 2002). Deuses iorubás na África e no Novo Mundo. (M. A. Nóbrega, Trad.). Salvador: Corrupio.

Zangari, W. (2003). Incorporando papéis: Uma leitura psicossocial do fenômeno da mediunidade de incorporação em médiuns de umbanda. (Tese de doutorado), Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.

Zingrone, N. L. (1994). Images of woman as medium: Power, pathology and passivity in the writings of Frederic Marvin and Cesare Lombroso. In L. Coly & R. A. White (eds.), Women and Parapsychology: Proceedings of An International Conference (pp. 90-123). New York: Parapsychology Foundation.

Publicado

2020-12-31

Cómo citar

Scorsolini-Comin, F., Vilela de Godoy, H., & Parreira Gaia, R. da S. (2020). Significados de la mediumnidad en el candomblé Ketu y Efon. Cultura Y Religión, 14(2), 36–55. https://doi.org/10.4067/S0718-47272020000200104

Número

Sección

Artículos de investigación